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Moacyr Mallemont Rebello Filho

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01 - Patrulha Jaguatirica

30 Nov 2007

 Jaguatiricas,

    A vivência das pessoas influenciam de forma decisiva na vida delas próprias, e na dos outros também.

    As informações que recebemos em casa, as histórias de nossas avós, as brincadeiras no colégio, a música que ouvimos alguém cantarolar na rua, etc., servem de estímulos futuros, além é claro de outros fatores econômicos, geográficos, filosóficos, etc.

    Baden-Powell estudou em casa com a sua mãe nos primeiros anos de vida e depois entrou para Chaterhouse, que era para meninos de 11 a 17 anos.

    Porque este intervalo de idade?

    Bem, isto é uma longa história que veio há muito tempo dos colégios jesuítas em todo o mundo.

    Ele viveu em Mafeking a experiência maior de sua vida, quando formou o Corpo de Cadetes de Mafeking com jovens de 11 a 17 anos também e baseado nisso aplicou as experiências obtidas na Ilha de Brownsea, com jovens da mesma idade.    

    Esse sistema de agrupar meninos de 11 a 17 anos, estava muito arraigado em todo mundo na Inglaterra.

    Quando meninos mais jovens começaram a pedir a Baden-Powell para ingressar no Escotismo, ele não tinha nenhuma experiência com o assunto, e tratou os meninos mais jovens com atividades mais brandas, mais simples, etc.

    Levou algum tempo até acertar com a formação dos Lobinhos, Alcatéia, Livro da Jângal, etc.

    Quase dez anos !

    De um lado Rudyard Kipling com o Livro da Jângal e de outro lado o "Manual do Lobinho", escrito por Vera Barclay (1893/1989), em 1917. 

    Vera foi a primeira mulher da História do Escotismo a se tornar Chefe Escoteira. 

    Ela dirigia uma Tropa de Escoteiros !

   Nunca veio ao Brasil, mas parece que de certa forma ajudou as coisas que aconteceram no Escotismo do Rio de Janeiro. E, do Bandeirantismo também.

    Vocês terão a oportunidade de ler uma biografia dela que estou preparando.

    Na realidade, as pesquisas das primeiras décadas do Escotismo no Brasil e que me levaram a ela e aos Lobinhos. 

    Vocês já tinham lido alguma coisa sobre a Vera e os primeiros anos dos Lobinhos ?

    Está em algum manual atual que desconheço?

        Sempre Alerta !

               Moacyr 

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rubem suffert

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Patrulha_Jaguatirica@yahoogrupos.com.br

30 Nov 2007

Preado Moacyr,

Parabéns por esse novo projeto. 

Nesse momento estou com meu apartamento em reforma (semana passada estive sem janelas na sala e em 2 quartos). Por isso não posso te confirmar o nome do livro da Vera Barkley, que tenho em espanhol e do qual traduzi alguns trechos para o Sempre Alerta!  Se bem me lembro é algo como "O Lobismo e a Formação do Caráter".

Talvez o Maurício possa confirmar via CCME.

Abraços e Sempre Alerta!

Rubem Süffert
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Moacyr Mallemont Rebello Filho

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Patrulha_Jaguatirica@yahoogrupos.com.br

30 Nov 2007

        Caro Rubem,

    Tem muita coisa que não entendo como foi parar no domínio público, e na internet.

    A História do Escotismo Católico no Brasil e a fundação das Bandeirantes do Brasil, sempre estiveram intimamente ligadas.

    Ou seja, a Senhora Jerónima Mesquita com "ó" e não "ô", nem "y", e que era casada. 

    Encontro em vários sítios, que ela era "Enfermeira" ou "Assistente Social".

    Os  cursos de enfermagem foram criados muito tempo depois e a formação de Assistente Social começou depois da 2ª Guerra Mundial.

    Que ela vivia imprimindo folhetos para distribuir no Brasil.

    Qual a fonte dessas informações?

    Acho que essas coisas são meio fantasiosas . . .

    Dizem que Rodolpho Malampré fundou o Escotismo Católico em São Paulo - 1ºGESP.

    Metade verdade, metade puxando brasa para a sardinha dos paulistanos.

    Quanto ao amigo aproveitar a época de seca em Brasília para ficar sem janelas nos quartos é que é previsão acertada.

    Tenho alguns livros da Vera, inclusive o "Scout Way", de 1929, que é muito importante e, nas entrelinhas define a sua vida futura. 

    Acho que vou contar as coisas aos pedaços . . . aos poucos.

        Abraços e Sempre Alerta !

                  Moacyr

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Ricardo Coelho dos Santos

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Patrulha_Jaguatirica@yahoogrupos.com.br

1 Dez 2007

Senhores,

 Vim tomar conhecimento da vida da psicóloga Vera Barclay no livreto “A História do Ramo Lobinho” (creio ser esse o nome – fui procurá-lo mas parece que adquiriu pernas próprias num desses Cursos que ministrei!).

 Ela não queria, na verdade, assumir o Ramo, pois sua especialidade eram os trabalhadores da indústria. Creio que essa era a época de Taylor e Maslow.

 Mas B-P conhecia bem as pessoas e havia lhe pedido que o sistema fosse desenvolvido com um fundo de cena, preferencialmente o Livro da Jângal, de autoria do seu amigo Rudyard Kipling, que autorizou o uso, e que não fosse um Ramo Escoteiro em miniatura. Por isso, os Lobinhos têm mística própria, como o Grande Uivo, que, tentaram, até, eliminar (sou testemunha disso!) e que acabaram por tirar qualquer padrão do seu desenvolvimento – não sabem como sofro com isso no Espírito Santo.

 Em suma, Vera Barclay acabou acertando ou, em outras palavras, B-P acertou, mais uma vez, em cheio.

 O Melhor Possível,

Ricardo

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Moacyr Mallemont Rebello Filho

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Rubem Süffert Ricardo Coelho Moacyr Mallemont Rebello Filho Mauricio Moutinho Jorge Carvalho e 2 mais...

1 Dez 2007

        Caro Amigo Ricardo,

    Que eu saiba a Vera Barclay foi enfermeira durante a 1ª Guerra Mundual e logo depois que escreveu o Manual do Lobinho´(1917) a pedido de BP, se converteu ao Catolicismo logo depois e seguiu a carreira de Freira na França.

    Além do mais não haviam psicólogas mulheres na época, na Inglaterra.

    A profisão estava engatinhando . . .

    Esse livreto "A História do ramo Lobinho", parece-me que fantasiou as coisas.

    Qual é o autor?

            Abraços,

            Moacyr

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Ricardo Coelho dos Santos

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'Moacyr Mallemont Rebello Filho' 'Rubem Süffert' 'Mauricio Moutinho' 'Jorge Carvalho' 'Celso C. Neves' 'Altamiro Vilhena'

1 Dez 2007

Chefe Moacyr,

Não posso responder quem era o autor porque, como falei, o livro adquiriu pernas, ou seja, alguém o tomou emprestado e não devolveu, e nem sei quem foi!

Mas, com certeza, ela era enfermeira, sim. Talvez, a palavra psicóloga não queira se referir à profissão, mas aos seus atributos, pois ela tinha um bom dom de saber o que se passava pela cabeça das pessoas.

E se falei “psicóloga de empresas”, realmente, naquela época, estaca-se começando a potencializar a capacidade fabril dos empregados com estudos científicos.

Mas o que estou dizendo são conjeturas. Assim que pegar o livreto, confirmarei tudo!

Sempre Alerta,

Ricardo